sexta-feira, 19 de julho de 2013

Sobre o nosso fim

Eu não posso te culpar. Te pedi pra tomar uma decisão e você tomou. A que eu queria, mas não a que eu esperava. Porque, por mais que quisesse que você me deixasse em paz, no fundo, no fundo, eu não queria. No fundo eu ainda te queria (e quero). Só não gosto de forma alguma de admitir isso. Nem pra mim mesma. Finjo não saber o que sinto, e, quem sabe, logo o sentimento passa. Mas não é assim, e nem foi assim. Meses se passaram e eu ainda estou aqui, por mais que goste de negar.

E agora é você quem vai embora. De toda às vezes que fui e voltei, mesmo não admitindo que voltava. De toda às vezes que você ia, e sempre voltava. Mas dessa vez eu sei que você não vai voltar. Que, depois de tanto tempo, você vai desistir de vez. Afinal, não foi o que eu pedi?

Sei que errei contigo, com a gente, e feio. Mesmo você também não sendo nenhum santo. E sinto que há qualquer coisa com 'desculpa' precisando ser dito. Principalmente por aquele dia. Odeio ser arrogante, e acabei sendo. E talvez até um pouco estúpida. Foi o meu jeito de me fazer forte perto de ti, de não demonstrar o quanto que eu queria que você me pegasse pela mão e me tirasse dali. De não mostrar o quanto eu me perco quando eu olho em teus olhos.

Eu queria tanto que a gente tivesse dado certo, mesmo findando essa relação desde o começo. Juro que queria. E tudo de negativo que dizia era apenas medo. Até agora ainda sinto medo, de admitir o que sinto, de você realmente ir embora e não voltar mais. De você desistir, finalmente, de mim.

E tenho que dizer, não é tão fácil assim ser tão sincera quanto à isso. Por tanto tempo lutei contra, até em dizer e admitir para mim mesma. E agora que o fim chama, resolvi me deixar ir. Mas provavelmente já é tarde demais. Mais uma vez acabo no lado errado, no negativo, devendo pro coração. E eu que quis sair de tudo isso pra não doer. Mas tô aqui, morrendo em agonia cada vez que você não me olha. Cada vez que eu te vejo. Cada vez que eu lembro dos nossos momentos.

Agora luto com a vontade de pegar o telefone e te ligar, de pedir pra te ver. Não sei o que você diria, se dissesse algo. Não sei como reagiria caso você atendesse, se teria coragem de falar. Queria impedir que tudo isso se acabasse, mesmo tendo acabado há algum tempo atrás. Mas agora, a decisão que parece mais certa para se tomar é deixar ir. Eu, você, o que tínhamos. Mesmo agonizando cada vez que te vejo, e insistindo em negar toda a falta que você me faz.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O dia que você que voltou

O dia que você voltou, você me surpreendeu por completo. Justo quando eu pensava que tudo havia se perdido por completo, e para todo o sempre. Você abriu a porta, e eu assustei ao te ver passar por ela. Era você. Com malas e coração aberto. Você estava de volta, e sentia saudades.

Daquela data eu não esqueço jamais. Sorria sem motivo e pro vento. Minha felicidade estava de volta, e vinha de mão dada contigo. Você, que sempre me deu uma felicidade que eu nunca consegui explicar. Apenas sei que vem de dentro, como todo esse amor que cresce sem destino.

E já não preciso mais desejar ou sentir falta daquele tempo em que te tinha ao meu lado. Você está aqui. Aqui e agora. Nossos tempos estão de volta, mesmo não sendo os velhos tempos. Mas tudo está igual, mesmo estando diferente. Mais maduro, mais perto, mais. Te abraço e espero que o dia não acabe, que o nosso tempo não se acabe mais. Torço para que dessa vez você fique, e que nunca olhe para trás.

sábado, 6 de julho de 2013

Apostar

Eu sempre apostei no coração. Pra mim, era o que valia mais. Era aquilo de "siga o seu coração e você não vai se arrepender". Então, recentemente, aprendi que não é sempre assim. Que sim, é mais difícil de se arrepender se você seguir o que o seu coração diz. Mas, também, é mais fácil de sofrer. E me entenda, não é por medo de dor. A conheço bem, já somos velhas amigas. A questão aqui é outra, é aquela que pergunta se vale à pena.

Apostar todas as suas fichas em algo que você sabe que acontecerá do mesmo jeito não é algo inteligente. Falta razão. E é exatamente nisso que ando me apoiando ultimamente: razão. Por que continuar insistindo em algo que terá o mesmo resultado, se você pode apostar em algo novo e obter resultados diferentes (e, quem sabe, até melhores)?

Mesmo querendo dizer sim para os seus lindos olhos, que sempre me fascinam e hipnotizam, eu simplesmente não posso. Porque não são eles, é você. E tudo o que você (não) faz. São todas aquelas vezes que eu esperei por você e você não veio. São telefonemas não atendidos. É a sua falta de atitude. É você não dizendo o que pensa, e não provando o que sente. É por todo aquele tempo que você não disse nada.

É por essas ocasiões e mais algumas outras que eu não posso apostar mais em você. Você já me fez perder todas as minhas fichas, e agora ando com saldo negativo em questões do coração. Quem diria! Com toda aquela lábia até parecia que você era um bom jogador.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ultimato

Quando aquele dia te dei meu número, nunca pensei que tudo fosse se desenrolar desse jeito. Que você seria assim, e que acharia que okay, tudo bem brincar com os outros. Nunca pensei que tivesse que te dar um ultimato, e que você não ouviria o que eu estava dizendo.

Eu tinha fé em nós dois. Tinha fé no que poderíamos ser. E, sabe, tínhamos tudo para dar certo. Mas você não entrou na minha onda, pulou fora do barco antes mesmo desse sair em alto mar.
Não quis saber, não ouviu, não compareceu. Sweet nothing, that was all I had from you.

Olha aqui rapaz, agora não adianta chorar o leite derramado que você mesmo entornou. Apenas me deixa ir. Me deixa ir ser feliz, sozinha ou com outro ocupando o lugar que você não soube dar valor, e que devo dizer, é para poucos. Não é qualquer um que aceito ter do meu lado. Achei que você seria uma exceção, mas você acabou sendo a regra.

Porque eu preciso de além de carinho, amor. Alguém que me escute e que preste atenção no que eu digo. Que esteja ali para quando eu precisar. Que esteja ali, que queira estar ali.

Seu sweet nothing vai virar sweet everything. O meu everything. E, por mais que - não nego - possa te querer ao meu lado de vez em quando, a cabeça não está em cima do coração à toa. Às vezes devemos escutar a razão, mesmo sendo alguém que sempre escuta o coração.

Quem sabe dessa vez não funcione?