Dizem que amor verdadeiro não morre, querido. E que o primeiro também é o último. Mas como tudo isso vai se suceder? Como nos encontraremos de novo? Como a nossa história mal acabada vai recomeçar? Eu não sei, querido. Perdoe-me meus cegos olhos através desses anos. Perdoe-me quando não fui capaz de vê-lo com outros olhos. Eu admito: a culpa inicial foi minha. Minha por fazer-te esperar tanto tempo até meu coração acordar e ver-te. E quando isso finalmente aconteceu, já estávamos tão perdidos… Tão perdidos que não soubemos fazer o nosso amor acontecer. Parecia magia, com um toque de veneno. E depois daquilo, daquela tarde que fizeste carinho em meu braço, as coisas foram se perdendo aos poucos. E eu não tive coragem suficiente para impedir que nos perdêssemos ainda mais. E então nos perdemos de nós mesmos. E ainda não nos encontramos.
Ah, querido… Me lembro quando falastes comigo pela última vez. Parecias tão entusiasmado, mas de repente se calou, e eu não disse mais nada. E continuo não dizendo.
Até hoje, quando vejo filmes de terror, sinto falta de você segurando a minha mão. Só porquê tenho medo e insisto em cobrir os meus olhos. E não há mais ninguém para fazer isso. Ninguém mais consegue me passar aquela segurança, ninguém mais consegue me fazer assistir à todas as cenas de olhos abertos.
Queria poder te dizer que não consigo te encaixar na categoria “velhos amores”, pois aqui dentro de mim te sinto tão recente. Parece que foi ontem que te conheci… E já faz mais que bons dez anos.
Honestamente eu espero que um dia encontremos o caminho de volta para nós mesmos, para que possamos dar continuidade ao que mal começou, e mal terminou. Você sabe, serei sempre sua sua. Espero que continues sendo sempre meu.
Te guardo, seu eterno amor.
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