terça-feira, 7 de outubro de 2014

Titanic

I feel us sinking
inch by inch
into the water,
just like Titanic.
Many lives,
but I could’t save us.
I couldn’t save you.
I couldn’t save our future;
It died in the water
just like our past and present.
I’m sorry, my love.
I know I’ll remember this
for the rest of my life,
you and I holding hands,
and the life slipping away.
There was nothing I could do.
There’s nothing I can do.
But if I only could go back in time
you would be here tonight.

sábado, 4 de outubro de 2014

Already home

Every now and then
I think about home,
the place where my heart is. 
Every now and then
I think about going home,
and since now it’s now it’s not an option,
I resign myself thinking 
I’m already home.
I’m under the same stars,
the same constellations
as I would be there.
I’m already home 
when I think about those
who I miss.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Coisas mágicas

Eu costumava achar o pôr-do-sol daqui mais bonito. Mas, ao rever algumas fotos, lembrei de como o pôr-do-sol de lá é inigualável, mesmo sendo o mesmo pôr-do-sol. Havia esquecido de tal beleza, de tal magia. Magia aquela que sentimos poucas vezes durante a vida — poucas coisas despertam tal sentimento. Mas, quer saber? Não devia ser assim. Há tantas coisas tão mágicas por aí, e não nos damos conta de metade delas. Coisas simples, sutis. Uma flor, um luar, um pássaro cantando pela manhã. E quer saber mais? Todas essas coisas me fazem pensar em você. Queria que pudesse ver com os meus olhos, apenas por momentos breves, momentos chaves. Aqueles últimos segundos do pôr-do-sol, quando as estrelas já começam a aparecer. Queria que sentisse com o meu coração, também por breves momentos (porque não sei se te caberia tanta intensidade que, as vezes, transborda), momentos em que as coisas parecem infinitas. E são! Mas essa verdade a maior parte do tempo escapa aos nossos sentidos. Pode ser um infinito breve, em dias. Mas, quem sabe, também pode ser em anos, algumas décadas aqui e ali. E tudo isso faz um sentido tão grande! A magia e a beleza das coisas simples, dos sentimentos bons. De dias ensolarados e também de dias chuvosos, por que não? As vezes, somos tão conscientes de tudo isso que parecemos nos esquecer, deixar todo esse infinito escapar. Deixa eu te dizer, eu não esqueço. Tento apreciar cada momento desses com os olhos bem abertos. Bem alerta a cada detalhe novo, por mais simples que seja, talvez. E faço o mesmo com você. Te enxergo com olhos atentos, carinhosos e apreciantes. Com o coração latente, batendo forte dentro do peito.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Him

I should’ve told you personally.
I wanted to see the look on your face.
I knew you didn’t want me to come.
I knew I didn’t want to come.
But I came.
Somehow, I need it to.
I finally left you behind,
of all those times
I wanted to forget you.
But not like this,
not like me missing words to say,
not like your hug being so cold,
so fast.
Not in a hurry because
I was just leavin’.
You and me have history.
And now I write this
instead of sleeping.
It’s not right.
We are lacking some closure,
some words,
some clarity.
But we were just kids.
I thought I would have
more to say,
but after all these years
there’s nothing left to say.
You followed your own path
I followed mine.
I miss you.
I don’t know exactly what I miss,
But I miss you.
I miss you being around,
here and there.
I miss our strange way of
still being friends
after all that happened.
I miss your jealousy.
I miss your eyes
looking into mine,
intensity.
I miss your presence.
I miss our afternoon movies,
we holding hands,
fear.
I even miss your mom.
I know it’s all just past.
Years and years behind.
Mostly if we count the years
we met.
It’s not dust.
It will never be dust.
I miss you
You and our devious history.
I miss the feeling that used to
tell me we were meant to be.
But we weren’t.
At least not in that time,
at least not now.
I miss you.

sábado, 30 de agosto de 2014

Além Tejo

Você é o meu além Tejo,
que transcende as minhas 
fronteiras e continentes.
Captura o meu olhar 
e o faz refém,
e ao meu pobre coração
mal vê.
Finge que não faz parte 
dessa dança,
e observa de longe
enquanto danço.
Mas, meu bem,
esse além Tejo não vai
assim tão além,
e eu preciso do
teu bem.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Tanto tempo depois e ouvi alguém reclamar de um apagão no nosso antigo bairro. Foi num desses que te conheci oficialmente. Ainda lembro como se fosse ontem: era uma terça-feira de setembro. Você usava uma bermuda, chinelos e uma camisa branca. Sendo brincalhão como sempre, e naquela noite tive certeza que meu coração tinha se perdido e te encontrado. Quem diria, cinco anos depois e ainda sinto algo bom quando lembro de você. Foram tantos sorrisos que você me arrancou; sempre transformando um dia ruim em um sentimento bom, em paixão, em sorriso de orelha-a-orelha. Sabe, hoje em dia não comemoro mais os aniversários daquela data, mas continua sendo especial. Todos aqueles momentos, aliás. Sei que não coube a mim te retribuir todos esses sorrisos, aquele sentimento no peito que só aumentava. Mas não me entristeço. Agradeço pelos momentos, por você, por ter tido a chance de te conhecer. De todas aquelas músicas, a que faria mais juz ficou faltando. Não importa. Sendo o Saulo ou você cantando, eu sei que você foi o meu anjo.

domingo, 6 de julho de 2014

Marcas de batom

“São marcas de batom que duram uma vida, que deixam uma marca indelével - assim como a que você deixou em mim. Espero que quando seus olhos enxergarem a cor vermelha por aí você se lembre daquela vez em que essa cor tinha o formato da minha boca, aquela vez em que essa marca esteve presente em seu corpo, em você. Afinal, a cor vermelha também lembra paixão, amor. E espero que você também se lembre de mim por isso. Caso queira me encontrar, não se esqueça de trazer uma rosa vermelha. Será o bastante, sendo apenas uma lembrança do que fomos, e do que ainda podemos ser. Será o bastante para saber as intenções do seu coração. Mas não se esqueça que vermelho também é sedução e, ao mesmo tempo, não me queira por apenas mais uma noite. Tudo o que tivemos não cabe apenas em suspiros de prazer. Vermelho foi a nossa cor, de marcas de batom - aquele que você mais gostava - à cor das rosas que você me deu no nosso aniversário de três meses. A cor de algo vívido, intenso, como o que tivemos, de algo tão necessário como sangue. Seu sangue ainda corre em minhas veias, mas o que eu quero te perguntar é: o que você fez com todos aqueles beijos que te dei? Espero que alguma daquelas marcas de batom ainda estejam por aí, ainda que guardadas em uma fotografia.”