segunda-feira, 6 de junho de 2011

Escrevo cartas pra você

que nunca vou te enviar, quando a saudade aperta. Só pra evitar te ligar, e me sentir recusada... Literalmente. É tão difícil suportar isso tudo sozinha. Era pra você estar aqui comigo, me ajudando... Ou melhor, se você estivesse aqui, eu não estaria passando por isso. Eu estaria bem, e feliz, como há uns meses atrás. É claro que tinha os ciúmes, e um pouco daquela dor e o medo de te perder... Mas nada se iguala ao que estou sentindo agora, nada se iguala à toda falta que você faz aqui, comigo. Nunca imaginei sentir tanta falta assim de você, me corroendo por dentro cada dia a mais que passa. Passo as horas imaginando como você está, e o que anda fazendo, já que não sei mais nada sobre você, já que - infelizmente - não faço mais parte da sua vida. Mas você ainda faz da minha, meu coração ainda pertence à você, e os meus sonhos também são seus. A vontade de você, do seu abraço, continuam aqui dentro também. E sei que, inconscientemente, eu te espero voltar. A esperança é a última que morre não é? Deve ser por isso que quando fica insuportávelmente insuportável toda essa saudade, eu te ligo, esperando bem lá no fundo que você atenda. Mesmo já sabendo que não vai atender. Eu ainda me faço perguntas com respostas óbvias, e que já sei... Sei lá, quem sabe alguma coisa tenha mudado, não é? Quem sabe haja realmente um bom motivo para esse seu sumiço, já que a verdade é difícil de se acreditar. Queria saber a fórmula para o esquecimento de pessoas próximas, e queridas. Viver sem se importar, sabe? Sem ter culpa. Igual você está fazendo,seria tão fácil. Mas eu não sou assim, me importo e sofro até não suportar mais, até o ultimo neurônio do meu cérebro pedir arrego, até a ultima veia ou artéria do meu coração dizer que não dá mais. Só queria te dizer, que apesar de tudo, é pra você voltar logo. Pois já não sei até quando vou aguentar toda essa situação, até quando o meu coração vai suportar a dor, a saudade, a falta, e continuar te amando. Então, vem logo, não demora. O meu coração ainda quer te amar. 

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