Ela era composta por amores passados, mal resolvidos; em que nem todas às vezes eles realmente a pertenceram. Mas vivia de fantasia; longe do mundo real, longe da realidade conturbada e triste, longe de todos os desgostos e lágrimas. E assim vivia, incompleta mas completa. Completa por ilusões que nunca se tornariam reais. Completa por quase-amores, quase-amigos e quase-felicidade. Quase, nunca era completa realmente. E fartara-se disso, de seus "quases". Se ela sentia verdadeiramente e completamente, porquê os outros à sua volta não conseguiam? A resposta era simples: eram completos por realidade. Como se não soubesse que realidade em demasia - assim como as ilusões -, fazia mal. E a falta de amor, é claro. Como poderia viver o ser humano sem amor? Sem esse sentimento que movia tudo? Na maioria das vezes era tudo tão rápido. Casavam-se em um ano, para no próximo ou dali uns três anos no máximo, se divorciarem. E isso de certo não era amor.
Não que o amor seja tudo, mas de certo é a maior parte.
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