terça-feira, 13 de setembro de 2011

Faísca com teu nome

O tempo passa, mas eu ainda te sinto aqui em mim. Naquelas velhas lembranças, ou em qualquer rosto que o meu coração faça que meu cérebro pense que seja parecido com o teu, fazendo com que algo aqui dentro pegue fogo e se aqueça novamente. Eu ainda te sinto. O problema não é apenas te sentir, é te sentir e saber que você está vivo por aí afora, e que o único lugar que eu teimo que você morra, é aqui dentro, só pras lembranças não me afogarem em um mar de desilusão. E então eu teimo em acreditar que, já que você vive por aí, nas ruas, um dia desses eu possa te encontrar e os nossos caminhos finalmente tenham um rumo juntos, novamente. Pra quê? Já que nada mais vai ser igual? Já que o tempo não volta, e as lembranças permanecem? É que não faz sentindo algum, querer que algo seja igual, sendo que não há como, sendo que pode ser diferente. E por poder ser diferente, que eu não deveria querer repetir a dose... a dose de você. Ela já está em falta há muito, mas eu ainda sinto os efeitos colaterais dessa droga que bagunça tudo que eu insisto em chamar de você. Ou melhor, desse amor que eu insisto em dizer que é teu. Mesmo sendo, em partes... bem pequenas. Não completamente, já que a maior parte eu consegui fazer com que voltasse à me pertencer. Mas ainda existe qualquer pedaço que seja teu. E que ainda é faísca aqui dentro, querendo virar fogueira. Fazendo com que eu ainda te sinta. Espero que na próxima tempestade, a água apague essa faísca. Essa faísca que tem teu nome, e que não apaga.

Um comentário:

  1. Ary, caaara... seus textos me inspiraram, na moral! Saaaudadeee de voceeê =(

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