sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ouve, meu amor.

Eu sei que exijo demais das pessoas. Quero dizer, daquelas que me dizem respeito, daquelas por quais tenho apreço. Essas quero comigo vinte quatro horas por dia, sete dias por semana. Sem exceções. É que penso assim: como estou sempre disposta, também quero que estejam pra mim. Mas não é só isso, confesso ser também um capricho de uma garota mimada - não posso negar.
Mas ouve, meu amor. Eu sei que, futuramente, quando eu te encontrar, também exigirei demais de ti. Exigirei que me faças sempre sentir-me amada. Que faças com que eu sinta-me segura, e completa. Que faças com que eu não tenha medo de perder-te - um medo que sinto desde já, sem ao menos conhecer-te.
Mas, meu amor, é porquê presumo que sejas especial. Presumo que sejas quase desenhado há muito pra mim. Que sejas aquele por quem sempre procurei e por vezes esperei. Presumo que sejas aquele que irá me entender em minhas maiores complicações, e desconfianças. Que estarás sempre ali quando preocupações tomarem conta de meus pensamentos.
Mas ouve só, meu amor. É que desde já venho guardando um sentimento especial pra ti. Um sentimento que a partir de agora não entregarei para mais ninguém. Está aqui: guardado grandemente e especialmente para ti. Você sabe, meu amor... São muitos errados pelo caminho até encontrarmos o certo. E decidi que não me envolverei mais com os errados. Te esperarei, pois tenho fé que quando aparecestes saberei reconhecer. Ou talvez eu já saiba, desde já. Já sabendo que ainda não é o nosso tempo, a nossa hora. Mas quando ela chegar, saberemos. E então iremos nos reconstruir de todos os amores errados que encontramos pelo caminho, e curaremos todas as nossas cicatrizes. Só assim poderemos nos pertencer realmente. Só assim saberei que será para todo o sempre.

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