terça-feira, 10 de maio de 2011

À você, que nunca irá ler isso.

Já faz algum tempo que não escrevo sobre você, já faz algum tempo que você não habita a minha mente… Não com tanta intensidade. Mas quando vi ali, um sinal de existência sua, quando pensava que meu ultimo suspiro por ti morrera, tudo voltou à tona. Todo o nervosismo de antigamente, todo o frio interno, às borboletas no estômago, o suor em minhas mãos, e os calafrios pelo corpo. O bem que você sempre me fez, voltara. Tudo assim, num passe de mágica, como antes. Foi como se toda a dor que existia em meu corpo dias atrás, nunca tivesse existido. Meu Deus! Há quanto tempo eu não sentia mais esses seus efeitos sobre mim, e não sabia que eles poderiam ocorrer mesmo que eu te visse apenas online. Como te preciso por perto, como preciso do teu olhar tão reconfortante, da sua voz para me acalmar, e das suas brincadeiras para me fazer rir. Como necessito me surpreender com você mais uma e outra vez. É tão difícil de entender. Quando você aparece, nada mais existe, nada mais tem importância. Apenas você. É como se você me hipnotizasse, é como se esse seu poder sobre mim, fosse mais forte do que eu posso imaginar. Meu coração necessita apagar essa distância existente. Precisa construir uma ponte sobre esse oceano que nos divide. Ele precisa apenas te sentir mais perto, e saber que você estará lá me esperando. Não importando quanto tempo eu demore para voltar, ele apenas precisa de ti. Mas sobre esse ultimo suspiro que resta por ti… Bom, sobre todo esse amor “platônico”. Assim mesmo, platônico entre aspas. Afinal, não sei se platônico é mesmo o nome certo, pois eu te tinha tão perto… E infelizmente tão longe ao mesmo tempo. Era um abismo inexistente, mas existente pro meu coração, pra minha mente e pro meu medo. O meu maior medo, aquele de que o meu coração fosse quebrado mais uma vez. Mas você nunca o fez, quero dizer, meu coração sempre te perdoou por qualquer coisa. Mesmo quando eu pensei que você teria o quebrado, você me reconquistara. E dias depois eu estava lá, morrendo de amores por ti novamente. Como sempre. Poucos serão os que irão entender a ligação que tivemos um dia. E muitos vão ser os que dirão que não tem como amar um desconhecido. Um desconhecido tão conhecido, devo dizer. Alguém que me fez tão bem - e que ainda faz, como agora -, e  com certeza nunca soube, ou teve noção alguma disso. Não sei se posso dizer que você foi e é, o grande amor da minha vida. Talvez o grande amor “platônico” da minha vida. Mas acredito que nos amores platônicos, as pessoas se conformam que nunca poderão torná-los reais. E nesse amor não é assim. Confesso que ainda tenho esperanças de um dia você ser meu, e não precisa ser agora. Talvez daqui há pouco, daqui há alguns meses. Talvez daqui há alguns anos. Eu espero, não tem problema. O amor vai continuar guardado intacto aqui dentro do peito, disso eu sei. A unica coisa que me importa agora, é te ver bem e feliz. Te ver realizando seus sonhos, enquanto eu continuo a te observar, de longe ou de perto, como sempre fiz. É te ver saindo na sexta após a aula, e voltando no domingo, no final do entardecer e no começo da noite. Te ver bem, me deixa bem. Te ver feliz, surte efeitos sobre mim, me deixando feliz também. Não me importo de continuar te observando de longe, de te ter por apenas alguns segundos, quando vira e mexe o seu olhar encontra com o meu. A unica coisa que eu preciso saber, é se você vai estar lá. Acreditando ou desacreditando na minha volta, lembrando por vez ou outra de mim. Sabendo inconscientemente que sempre estarei lá por você, te observando, te amando, te esperando… Enquanto o meu coração bater.


Ary Leal

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