terça-feira, 23 de agosto de 2011

Falta mais ou menos um mês pra completar um ano de saudades de você. Pra completar um ano que não te vejo, que não escuto a sua voz, que não olho em teus olhos. Que não sorrio ao te encontrar por acaso na esquina da nossa rua, ou quando te via no bar, ou quando você finalmente chegava a noite. Melhor ainda, quando você chegava domingo a noite, após meu final de semana ser regado a agonia por saudades suas. Era tão mágico como você sumia com a minha dor em segundos, como meu dia se fazia melhor só por eu ter te visto. Era dependência, era. Talvez um pouco de obsessão. Mas era você. Era teu sorriso. Era teu olhar. Era teu cabelo molhado após o banho, ou seco e bagunçado. Era a tua voz, era as tuas gracinhas. Era você perfeito mesmo com todos os teus defeitos. Era você cantando pra mim. Era você tentando tocar violão pra mim naquela serenata ‘improvisada’. Era aquela vez que você me deu boa noite e mandou um beijo. Era você fazendo a minha vida preta e branca se tornar colorida. Era teu sorriso que me fazia sorrir quando meu olhar cruzava com o teu. Era eu te dando boa noite toda noite. Era eu sonhando contigo noites diretas quando você não estava ali. Era eu saindo e já desejando voltar pra te ver. Era você, e mil vezes você. Aquele menino-homem que me conquistou pelo olhar. Que me conquistou pelas gracinhas. Que me conquistou pelo jeito de desbravar a vida de peito aberto e sem medo algum. E agora já não resta mais nada. Já não te vejo, não te sinto, não te ouço. Não há sorrisos feitos por você. Já não há mais eu na janela esperando pra te ver. Já não há você na janela esperando pra me ver. Já não há as músicas, os olhares. Os encontros repentinos por aí. A dor do meu peito sendo arrancada pelo teu olhar. Você, eu. Metros, quilômentos, milhas… Oceano. E apenas as lembranças que restaram de você. 
(antigo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário